domingo, 9 de agosto de 2009

VIII - Tu que m'escoltes amb certa por (VII)

Naquele ano, 1970, Raimon colabora no activismo com o seu recital na Faculdade de Direito, muito sensibilizada porque o Processo de Burgos é estudado e debatido graças ao facto de um advogado catalão, grande político do PSUC que com a democracia será deputado, Josep Solé Barberà, defender um dos arguidos, Josu Abrisketa; o seu filho, Josep Solé Fortuny, então estudante, põe todos ao corrente de como se desenrolam os acontecimentos, com o apoio de uma poderosa célula comunista. Raimon toma também partido na barricada que intelectuais e artistas fazem no mosteiro de Montserrat, que terá grande repercussão internacional, por nela se pedir a comutação das penas capitais. E arrisca-se individualmente ao esconder militantes bascos. Daí nascerá uma boa amizade com o hoje jornalista Patxo Unzueta.

Raimon estava proibido mas canta na Faculdade de Direito graças a uma corajosa autorização do seu director, que estava ciente de que em sede universitária não era necessária autorização governativa para actos culturais. Escolhe uma data simbólica, 13 de Março, e dá também entrada livre a trabalhadores em greve. Depois parte para os Estados Unidos, porque aqui se lhe tinham sido fechadas todas as portas. Lá conhece Rafael Ribó e Roser Argemí, Fernando Santos, Miquel Barceló, Nicolás Sánchez Albornoz, Emilio Rodríguez e a família Seeger, Pete, Toshi e a sua filha Misha.

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