Campus de Bellaterra, 30 de Outubro de 1974
Deste disco, e apesar de se perceber que não se apresenta como um registo contínuo (tem cortes no fim das músicas, e desconhecemos o que se passou entre elas), sobressai o espaço aberto, que se ouve no eco e na voz de Raimon. Sobressai também silêncio, não já tenso como noutros concertos, mas de empatia e companhia por parte do imenso e jovem público que ficou retratado na capa deste disco.
Por estes anos, Raimon optava por canções mais recentes e imediatas. Atente-se na ausência, pelo menos aqui, de, por exemplo, "Al Vent", "Cançó de les Mans", canções emblemáticas dos primeiros anos, talvez por isso preteridas, ou ainda, com a união contra o regime já num processo mais avançado, a ausência de "Diguem No". Seria mais que adequado cantá-la. Mais notória ainda é a falta de "D'un Temps, d'un País". Mas talvez fossem demasiado fortes para a paz que parece emanar desta tarde com algum vento (podemos ouvi-lo, por exemplo, na homenagem e na canção de Víctor Jara, "Amanda" - procurem-na, foi a 16º entrada na caixa de música).
Essa paz e o abraço imenso do espaço até nos permite ouvir as pontas das cordas da guitarra a abanar ao vento.
E quase que estamos lá.
Se o virem por aí, não percam a oportunidade. Se os objectos nos enriquecem com o que extraímos deles, e não propriamente com a mera posse deles, que é o que distingue a riqueza interior da exterior, avancemos nessa direcção.
Este disco conheceu, tanto quanto sabemos, as seguintes edições:
Por estes anos, Raimon optava por canções mais recentes e imediatas. Atente-se na ausência, pelo menos aqui, de, por exemplo, "Al Vent", "Cançó de les Mans", canções emblemáticas dos primeiros anos, talvez por isso preteridas, ou ainda, com a união contra o regime já num processo mais avançado, a ausência de "Diguem No". Seria mais que adequado cantá-la. Mais notória ainda é a falta de "D'un Temps, d'un País". Mas talvez fossem demasiado fortes para a paz que parece emanar desta tarde com algum vento (podemos ouvi-lo, por exemplo, na homenagem e na canção de Víctor Jara, "Amanda" - procurem-na, foi a 16º entrada na caixa de música).
Essa paz e o abraço imenso do espaço até nos permite ouvir as pontas das cordas da guitarra a abanar ao vento.
E quase que estamos lá.
Se o virem por aí, não percam a oportunidade. Se os objectos nos enriquecem com o que extraímos deles, e não propriamente com a mera posse deles, que é o que distingue a riqueza interior da exterior, avancemos nessa direcção.
Este disco conheceu, tanto quanto sabemos, as seguintes edições:
1 - Campus de Bellaterra
Lp, 1974, Movieplay S-32568
2 - Campus de Bellaterra
Cd, 1992, Fonomusic CD-1159
3 - Discografia Básica
3Cd, 2004, Dro East West 5046736822 (juntamente com outros dois álbuns originalmente editados pela Movieplay: A Víctor Jara (1974) e Lliurament del Cant (1977))
4 - Campus de Bellaterra
Cd Digipack, 2004, Dro East West 5046746512 (a edição que possuímos e apresentamos)
Lp, 1974, Movieplay S-32568
2 - Campus de Bellaterra
Cd, 1992, Fonomusic CD-1159
3 - Discografia Básica
3Cd, 2004, Dro East West 5046736822 (juntamente com outros dois álbuns originalmente editados pela Movieplay: A Víctor Jara (1974) e Lliurament del Cant (1977))
4 - Campus de Bellaterra
Cd Digipack, 2004, Dro East West 5046746512 (a edição que possuímos e apresentamos)
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