Este é o atestado que fez engrossar a ficha de Ramon Pelegero Sanchis, alias "Raimon", nos arquivos metálicos das dependências da Prefectura Superior de Policia, na Via Laietana:
Às 22:45 horas de ontem teve lugar no Palácio Municipal de Desportos de Montjuïc, autorizado por este Governo Civil, o recital de canções interpretado pelo cantor "Raimon" [sic, entre aspas, como alias]. Ao acto assistiram umas 10 mil pessoas, entre homens e mulheres, na sua maioria jovens de uns 20 a 22 anos de idade, eles de cabelo comprido.
Durante as canções, tanto ao princípio como ao final das mesmas, quando as letras aludiam à luta silenciosa, como era a chamada "Jo vinc d'un silenci", que teve de repetir ante a insistência do público, que irrompia em aplausos e gritos de "liberdade, liberdade" e "fora o actual Regime!", os espectadores actuavam como uma massa enfurecida.
Finalizada a primeira parte e visto o cariz que o espectáculo estava a tomar, solicitou-se reforço da Polícia Armada, que se situou com os seus carros à frente do Pavilhão Municipal dos Desportos, junto ao Parque de Bomberos, desalojando todos os veículos estacionados em frente ao Pavilhão, a maioria propriedade dos empregados do Palácio Municipal, para que desta forma se pudesse facilitar a actuação da Força Pública se fosse preciso.
Dados os ânimos exaltados de todo o público, foi impossível suspender o recital, para evitar que se produzisse um confrontamento entre a Força Pública e os assistentes, pelo que se deixou continuar a celebração do espectáculo, advertindo o cantor que o terminasse quanto antes. Assim, ordenou-se aos empregados do pavilhão que, mal acabasse a actuação, abrissem todas as portas para facilitar a evacuação do local com a maior rapidez possível.
Uma vez finalizada a actuação do cantor, que ante a insistência do público teve de repetir a canção "Jo vinc d'un silenci", aplaudida com os sabidos gritos subversivos, o público começou a desfilar uns cinco minutos depois de acabar tal actuação, mas antes de abandonar o local, alguns espectadores gritaram "Abaixo o regime" e "Queremos celebrar uma Assembleia de irmãos catalães, com liberdade". O espaço ficou completamente vazio de público após 15 minutos, sem que se tivesse produzido qualquer alteração, indo os assistentes em várias direcções, permanecendo a Força concentrada até que estivesse desepejada de público.
A actuação deste cantor acabou às 00:20 horas, significando que em todas as canções aplaudia ao final das mesmas ao uníssono do público e em particular, quando este irrompia em gritos subversivos.
Durante as canções, tanto ao princípio como ao final das mesmas, quando as letras aludiam à luta silenciosa, como era a chamada "Jo vinc d'un silenci", que teve de repetir ante a insistência do público, que irrompia em aplausos e gritos de "liberdade, liberdade" e "fora o actual Regime!", os espectadores actuavam como uma massa enfurecida.
Finalizada a primeira parte e visto o cariz que o espectáculo estava a tomar, solicitou-se reforço da Polícia Armada, que se situou com os seus carros à frente do Pavilhão Municipal dos Desportos, junto ao Parque de Bomberos, desalojando todos os veículos estacionados em frente ao Pavilhão, a maioria propriedade dos empregados do Palácio Municipal, para que desta forma se pudesse facilitar a actuação da Força Pública se fosse preciso.
Dados os ânimos exaltados de todo o público, foi impossível suspender o recital, para evitar que se produzisse um confrontamento entre a Força Pública e os assistentes, pelo que se deixou continuar a celebração do espectáculo, advertindo o cantor que o terminasse quanto antes. Assim, ordenou-se aos empregados do pavilhão que, mal acabasse a actuação, abrissem todas as portas para facilitar a evacuação do local com a maior rapidez possível.
Uma vez finalizada a actuação do cantor, que ante a insistência do público teve de repetir a canção "Jo vinc d'un silenci", aplaudida com os sabidos gritos subversivos, o público começou a desfilar uns cinco minutos depois de acabar tal actuação, mas antes de abandonar o local, alguns espectadores gritaram "Abaixo o regime" e "Queremos celebrar uma Assembleia de irmãos catalães, com liberdade". O espaço ficou completamente vazio de público após 15 minutos, sem que se tivesse produzido qualquer alteração, indo os assistentes em várias direcções, permanecendo a Força concentrada até que estivesse desepejada de público.
A actuação deste cantor acabou às 00:20 horas, significando que em todas as canções aplaudia ao final das mesmas ao uníssono do público e em particular, quando este irrompia em gritos subversivos.
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