segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Jornada
Não fiques pra trás ó companheiro
É de aço esta fúria que nos leva.
Pra não te perderes no nevoeiro
Segue os nossos corações na treva.
Vozes ao alto
Vozes ao alto
Unidos como os dedos da mão
Havemos de chegar ao fim da estrada,
Ao som desta canção.
Aqueles que se percam no caminho,
Que importa! Chegarão no nosso brado.
Porque nenhum de nós anda sozinho,
E até mortos vão ao nosso lado.
Vozes ao alto
Vozes ao alto
Unidos como os dedos da mão
Havemos de chegar ao fim da estrada,
Ao som desta canção.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Coro dos Caídos
Voltamos à música só. Sem imagem. Claro, com a letra.
E que regresso melhor que com uma das mais violentas canções jamais escritas em Português?
O seu autor? A referência da música popular portuguesa, José Afonso.
Chama-se Coro dos Caídos e não é preciso dizer mais nada.
Urge a reedição desta canção, com melhor qualidade sonora.
E que regresso melhor que com uma das mais violentas canções jamais escritas em Português?
O seu autor? A referência da música popular portuguesa, José Afonso.
Chama-se Coro dos Caídos e não é preciso dizer mais nada.
Urge a reedição desta canção, com melhor qualidade sonora.
Há 43 anos era assim. E agora?
Cantai bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como trigo da moda nas verbenas
Canta cantai guisos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó Parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
Cantai bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como trigo da moda nas verbenas
Canta cantai guisos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó Parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Piedra y Camino
Tão esquecida anda esta cantora. Quem anda cá há mais tempo não devia levar vantagem na memória colectiva? Sim, claro. Mas não quando a memória colectiva é instituída pela superficialidade e pela fugacidade.
Paremos então. Nos tempos que correm, parar é resistir.
Tema do grande e ainda mais esquecido (porque já nos deixou, fisicamente) Atahualpa Yupanqui, nascido Héctor Roberto Chavero Aramburu, no dia 22 de Janeiro de 1908, em Pergamino, Buenos Aires.
Del cerro vengo bajando
Camino y piedra
Traigo enredada en el alma, viday
Una tristeza.
Me acusas de no quererte
No digas eso
Tal vez no comprendas nunca, viday
Porque me alejo.
Es mi destino
Piedra y camino
De un sueño lejano y bello, viday
Soy peregrino.
Por más que la dicha busco,
Vivo penando
Y cuando debo quedarme, viday
Me voy andando.
A veces soy como el río
Llego cantando
Y sin que nadie lo sepa, viday
Me voy llorando.
Es mi destino,
Piedra y camino
De un sueño lejano y bello, viday
Soy peregrino.
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