Um lugar muito especial para Raimon é o Palau de la Música Catalana. A sede do Orfão Catalão é o centro da vida concertística da capital e do país, até mesmo de Espanha, como o testemunham as estreias e primeiras audições que constam nos seus anais; nenhum outro teatro ou auditório do Estado pode igualá-las. No Palau se ouviram pela primeira vez entre nós monumentos capitais da história da arte do som, como a Paixão segundo São Mateus, ou a Missa em Si menor, de Bach; a Missa Solemnis, de Beethoven... Mas frente ao busto de Beethoven que preside à boca do cenário, há o de Josep Anselm Clavé, o símbolo da música popular. Todas as músicas, sem distinção adjectiva, conviveram na Palau, a "casa dos cantos", como o qualificou Joan Maragall.
Raimon e o Palau têm uma relação muito especial. Desde o seu primeiro recital, em 1967, que ficou registado em disco, até à série, também gravada, de 1997, passando para o outro lado do limiar do século. Nos meses de Novembro e Dezembro de 2000, Raimon edita a Nova Integral e faz sete actuações no Palau, num cômpto geral de 15 mil espectadores, depois de um primeiro no Teatre Principal de València. O último dia do Palau, 2 de Dezembro, celebra o seu sexagésimo aniversário; em companhia dos amigos mais especiais, com pastéis e champanhe.
Raimon inventa o "recital" à catalã, mas já fora pioneiro noutros âmbitos. Editou um disco de longa duração musicando um poeta, no caso Salvador Espriu e as Cançons de la Roda del Temps, encomendou a capa do mesmo a Joan Miró, o que também é novo. Tal como o é, no mesmo disco, incluir um texto de um intelectual da talha de Joan Fuster. O mesmo Espriu também comentará a sua obra [de Raimon], excepção que não abria. Tudo junto com a clara intencionalidade de resgatar a canção popular de um submundo e de um subgénero para a erguer em pleno no plano aberto da cultura. Nesta mesma direcção segue o trabalho com músicos dos considerados clássicos, para acabar de vez, no campo próprio, com equívocos conservadores que entendiam que tudo aquilo não era bem música.
Raimon e o Palau têm uma relação muito especial. Desde o seu primeiro recital, em 1967, que ficou registado em disco, até à série, também gravada, de 1997, passando para o outro lado do limiar do século. Nos meses de Novembro e Dezembro de 2000, Raimon edita a Nova Integral e faz sete actuações no Palau, num cômpto geral de 15 mil espectadores, depois de um primeiro no Teatre Principal de València. O último dia do Palau, 2 de Dezembro, celebra o seu sexagésimo aniversário; em companhia dos amigos mais especiais, com pastéis e champanhe.
Raimon inventa o "recital" à catalã, mas já fora pioneiro noutros âmbitos. Editou um disco de longa duração musicando um poeta, no caso Salvador Espriu e as Cançons de la Roda del Temps, encomendou a capa do mesmo a Joan Miró, o que também é novo. Tal como o é, no mesmo disco, incluir um texto de um intelectual da talha de Joan Fuster. O mesmo Espriu também comentará a sua obra [de Raimon], excepção que não abria. Tudo junto com a clara intencionalidade de resgatar a canção popular de um submundo e de um subgénero para a erguer em pleno no plano aberto da cultura. Nesta mesma direcção segue o trabalho com músicos dos considerados clássicos, para acabar de vez, no campo próprio, com equívocos conservadores que entendiam que tudo aquilo não era bem música.
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